sexta-feira, 12 de junho de 2015

Tempestade

Eu nunca escrevi no dia dos namorados, quando a vontade bateu fiquei meio relutante, mas eu sempre cedo, passar vontade é sempre ruim, passar vontade de escrever é duas vezes pior.


Helena é um nome forte, desses que só uma mulher forte consegue carregar, essas mulheres que abrem espaço antes mesmo de passar, dessas que não precisam pedir atenção, que não precisam levantar a voz pra serem ouvidas.
Mas não a minha Helena.
A minha Helena sempre quis ser furacão, mas foi sempre calmaria.
Sempre quis ser dessas que tiram o fôlego, fazem as pernas ficarem bambas e o cérebro atordoado,
dessas musas por quem você perde a razão, compra flores, passa noites em claro, manda mensagens, perde o medo, dessas por quem se esquece de viver, tenta entender o universo por causa delas, dessas mulheres que não se prende, dessas que o amor próprio transborda sem afogar.
Sempre quis ser dessas mulheres por quem se move céu e terra para ter e não perder. Nunca perder.
Dessas que só de olhar você acha impossível conquistar e quando conquista se pergunta todo dia como conseguiu.
Helena sempre quis ser tempestade, mas só sabe ser garoa.




Colocou aquele pijama velho,
pegou o chá e deixou em cima da mesinha,
calçou as meias e pôs o filme favorito pra rodar.
Afinal, só tem importância se você der importância,
caso contrário, é vida que segue. 


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