sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Crescer, de véspera ♪


Adolescência. Sempre achei um saco esses textos, livros e psicólogos clichês dizendo que é nessa fase que as duvidas, indecisões e escolhas  são mais marcantes. Virgindade, escola, namoro, sexo, etc. Sempre achei isso um porre. Eu sempre achei que sabia o que fazer, até um dia desses eu era cheia de certezas, sabia pra onde ir, com quem ir, o que fazer e não fazer. Até que chega uma hora que o futuro bate na sua porta, ai as certezas viram duvidas e você percebe que aqueles chatos que vão falar sobre adolescência na TV tem certa razão. As certezas são frutos do comodismo. E o pior é perceber que você perdeu tempo com ‘verdades absolutas’ inúteis. O problema, no meu caso, é que eu não sou mais adolescente, acho que nunca fui. Passei direto da infância pra não sei o que. E agora não há tempo pra voltar, e eu me vejo agora com duvidas que deveria ter tido aos 15, 16 anos. Me vejo fazendo escolhas sobre coisas que eu tinha certeza. Eu sempre soube que curso fazer, onde eu NÃO faria faculdade, sempre achei que só dependeria de mim. Mas depois de algumas noites em claro percebi que não dá pra se ter o que se quer, pelo menos não do jeito que você quer. Não, eu não sou uma garota mimada. O que me mata é essa sensação de oportunidade perdida, de se desperdiçar um sonho, ter nas mãos e deixar escapar. Um sonho, uma vida, um futuro e simplesmente virar as costas, sem deixar de olhar pra trás. Sabendo que o que eu fiz não foi o mais fácil, nem foi a melhor escolha, mas de um jeito estranho, foi o melhor a fazer. Dizem por ai que isso é crescer, se for eu queria poder ser o Peter pan, porque não foi uma escolha, foi uma obrigação. Eu não quero decidir a minha vida por obrigação. Troquei o certo pelo duvidoso. Espero que dê certo, no mais, esse é mais um daqueles meus sonhos, como aquele em que eu queria ser bailarina. Bateu agora uma saudade do futuro. Uma saudade do ballet. De ficar de frente ao espelho pensando que mesmo que eu estivesse dando aulas seriam elas as futuras bailarinas e não eu. Até porque minhas costas estão doendo até hoje por causa da apresentação de natal...


Quando ela chora não sei se é dos olhos pra fora, não sei do que ri ♪


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Des (...)

Des(pertencer) Des(apegar)

Eu sempre me apeguei muito fácil as coisas, as pessoas, a musica, enfim a tudo. Tudo mesmo. Assim como eu me desapego muito fácil também. Mas não necessariamente nessa ordem. Não nasci para gostar de uma coisa de cada vez, deve ser por isso que uma conhecida disse que eu sou incoerente musical, por que eu ouço de slipknot a exaltasamba, de Lady Gaga a Maria Rita.  Sempre me apaixonei muito fácil, li todos os livros de crepúsculo em duas semanas, assisti as 5 temporadas de supernatural em duas semanas, quando eu começo não consigo parar, eu até tentei mas meios termos não são pra mim, sou toda exageros, infelizmente. Infelizmente mesmo. Eu vivo me policiando, mas é difícil, sou toda Áries, dos pés a cabeça. Intensa, impulsiva, incoerente, ansiosa por inteiro. Desapegar. Despertencer.            Porem de uns tempos pra cá minhas paixões diminuíram, perderam a intensidade, não são como antes. Duram muito pouco, isso quando viram paixões. Não estou falando de pessoas, quando se trata de pessoas eu me apego facilmente e levo vidas pra desapegar, pra esquecer, tenho a terrível mania de perdoar tudo facilmente. Estou falando de coisas em geral. Talvez até esteja falando de pessoas.                                                                                                                                                   Porem algumas coisas vem pra ficar, não passam, algumas paixões permanecem vivas, sussurrando enquanto mesmo quando as novas paixões nos invadem.Vêm e vão e não deixam nem lembranças. Nesse inicio de ano parece que meus olhos estão mais atentos, não sei dizer, mas nada me chama a atenção, nada me surpreende, nada parece novo, parece tudo tão habitual, tão igual, tão chato. To precisando me apegar, perder o ar, ficar ansiosa e de pernas bambas. Sair da rotina. To precisando de uma nova mania, uma nova série, um livro novo ou só to precisando de uma câmera mesmo. Preciso fotografar urgente.