sexta-feira, 28 de março de 2014

Every breath (♪)



Helena

Helena está no meio de uma crise.
 Por isso anda sumida, com preguiça de dar o ar da graça.
Com preguiça de ver gente, lidar com pessoas, lidar com situações.
Helena está hibernando, fingindo que não se importa, vivendo uma TPM eterna,
deixando as ligações irem pra caixa postal e a caixa de entrada transbordar de emails,
desinstalou o whatsapp, o skype, não entra mais no facebook.
Cansou do virtual, do real e da linha tênue que divide tudo isso e foi dormir.

"How to be brave?
How can I love when I'm afraid to fall? (♪)"


Não, não é um pedra no sapato.
Uma pedra quando entra no sapato incomoda tanto que é preciso parar o que se está fazendo e removê-la  para só depois continuar o caminho.
Tá mais pra quando a gente calça a meia com pressa e só percebe a dobrinha quando termina de calçar o tênis. Incomoda no começo, mas logo a gente se habitua e nem percebe mais.





sexta-feira, 14 de março de 2014

Nós

Como faz, por favor?
Tentei desatar: apertou, apertou
Alguém mais? Um amor?
Queira me puxar que eu vou, eu vou (♪)
5 a seco, feito nós.


Sabe quando a conexão da internet com o celular tá ruim e você fica on e fica off sem perceber no facebook?
Ou fica inativo por muito tempo e nem nota, dai alguém te avisa e você responde: uai, mas eu tava on o tempo todo.
Pois bem, é desse jeito que estou, tenho certeza que estou prestando atenção no meu mundo, certeza, até que de repente eu percebo que se passaram minutos, horas, desde que eu estive presente realmente. Mas eu não me desligo, na verdade eu tô lá, vendo, ouvindo e sentindo tudo, mas não o tempo todo, sei que não dá pra entender, eu também não entendo.
E pra completar ainda parece que existe um nó dentro de mim que quanto mais eu tento desatar mais aperta.
Um nó cego.
Ceguíssimo.
E eu sei que se eu cortar aqui e ali tudo fica de novo como estava antes.
Sem nó.
Sem nada.
 Vazio. Vazio. Vazio.
E ao invés de muitos emaranhados terei eu.
Mas eu não sei quem eu tenho agora e eu não quero ter somente eu.
Vou deixar esse nó tentar se desatar, enquanto isso estou offline, indisponível, indisposta, mas lembrando de como eu coube em seus braços, logo eu, apaixonada por abraços, se você está surpreso, imagina eu?



"Admito que você me embaraça,
me dá um nó, me tira do foco.
Admito, como diria a Mallu Magalhães, que eu perco o norte e o chão de tanto pensar em você.
E ainda assim estou dividida, entre você e um amor de verão.
Porque você me dá todos os sinais e depois nada.
De qualquer maneira, o outono tá chegando, e o verão irremediavelmente chegará ao fim."