domingo, 20 de março de 2011

Mas é tudo que eu posso oferecer ♪


Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer.

 
Então, sou romântica, careta, clichê e meio fútil. Apegada a velhas coisas, inclusive velhos amores. Adepta de valores fora de mercado. Pra mim copos não foram feitos para acomodar tempestades.  E estão sempre meio vazios. Gosto de pele, sorriso e prefiro as paixões. Tem que ser intenso, me fazer perder o ar, deixar de pernas bambas e sem saber o que falar. Tem que me fazer sorrir. Sou tensa, nervosa, inquieta por natureza. Não gosto de exageros. Basta eu. Sorrisos demais, simpatia demais, abraços demais (...) transborda, sobra, não agrada. Espelhos, Gadú e caneta preta. Tenho algumas preferências. Gosto de estar fora da minha zona de conforto. Prefiro homens tímidos. Amigos que discutem, pessoas que chorem, gosto de pessoas humanas. Casar nunca foi um sonho. Sei bordar, cozinhar, lavar, passar e todo o resto. Mas não obedeço a ordens masculinas. Tenho pavor de mulheres submissas, vem voz, acomodadas. Sou inconstante, insegura e facilmente irritável. Educação, respeito e sinceridade, um ótimo tripé, não acha? Frescura comigo não tem vez, odeio gente fresca, pagode baiano, vizinho protestante sem noção. Aqueles que acham que Deus é surdo. Eu sou cristã. Não gosto de rebeldia sem causa nem nada do tipo. É pré carnaval e eu to em casa, curtindo meu tédio e lembrando velhas coisas. Sou a nostalgia em pessoa. Falo muito, mas adoro o silêncio, gosto de ficar sozinha mas não de estar sozinha. Gosto de quase tudo e quase todos.



“Há quanto tempo espero seu beijo molhado de maracujá,
To me guardando pra quando o carnaval chegar. ’’

Não espero nada além de um encontro de sorrisos.

03/03/2011