quarta-feira, 19 de setembro de 2012

São todos iguais?

Agora que tudo está exposto
 a máscara e o rosto trocam de lugar.
Além da máscara, Pouca Volgal.

Então você conquistou sua merecida vitória.
Lutou, esbravejou,  correu atrás, sofreu, chorou, pensou em desistir, culpou o mundo, se culpou mas venceu.
Conseguiu sua liberdade, sua vaga, uma pessoa, um perdão, um emprego, pagou uma dívida,superou o maior problema da sua vida, enfim, venceu, por merito, sem pegar o caminho mais curto, fez tudo nos conformes, a sua vitória é sua.
Parabéns, de verdade, você merece, mas alguém aí, além de mim, notou que quanto mais vencemos
mais dificil fica reconhecer o esforço do outro?
Mais difícil fica lembrar que muitas vezes nos fizemos tudo que pudemos e mesmo assim falhamos?
Quanto mais vitórias menos humildade.
Fica dificil achar o problema do outro um problema respeitável,
então você pensa, isso é uma futilidade, há tantas coisas mais importantes a se pensar, a se fazer,
e então de repente não só o problema da pessoa que é futil, o dono do problema também é.
Então você pensa, isso deve ser amadurecer, importar-se com coisas importantes.
Mas não, isso é tornar-se arrogante.
Cada um trava sua luta em busca do que considera ser a coisa mais importante da sua vida.
O problema é que tem gente que luta por coisas que não mudarão a vida de ninguém além da sua,
isso sim é uma luta vã. Pode até ser possível vencer sozinho, mas não é possível viver sozinho.
Amadurecer, ao meu ver, é conseguir superar os seus problemas, alcançar seus objetivos e ainda assim reconhecer o outro como um igual.


São todos iguais
E tão desiguais uns mais iguais que os outros.
Ninguém = Ninguém, Engenheiros do Hawaii