domingo, 15 de junho de 2014

Inconsistência

Títulos, assim como introduções, devem ser feitos depois.
Depois de tudo.
E isso,  não é uma sugestão, é uma regra.
Depois que você já escreveu tudo que queria, disse tudo que podia, fez o que bem entendeu, só então você relê e escreve sua introdução, ou o título, porque vai conseguir (ou tentar) resumir tudo em uma linha.
É como descrever um sentimento em uma palavra.
Hoje eu escrevi o título antes.
Antes dessas linhas mal traçadas eu já sabia sobre o que ia escrever e isso é coisa rara de se ver.
Porque isso, meu amigo, é a sensação que me consome quando meus olhos olham pra outra direção.
Geralmente é só um trecho de uma música, porque sou péssima com títulos.




Eu sei apontar o erro, sem apontar onde devem ser feitas as correções.
Eu sei como deveria ter sido, como deveria ter agido.
Se eu fizesse uma prova sobre a teoria de como as coisas são eu tiraria 10.
Mas quando é olho no olho, pele na pele, ai meu gentil amigo, a história é outra.
Não há uma linha tênue que divide atitudes de palavras. Há um tremendo abismo, um poço sem fundo, uma queda livre, pra baixo, pra baixo e pra baixo. É preciso muito treino para cair de pé e pôr se a subir, colocar a teoria em prática. Atitudes tem como seu combustível a coragem, a vontade, o querer, e querer muito, precisar muito, para transformar teorias, palavras, em gestos concretos.
E sinto dizer meu amigo, nesse quesito não há sequer um ponto em mim que não seja completamente falho. Vivo e sobrevivo de teorias, não suporto olho no olho nem a distância, então meu caro amigo, não me leve a mal, sei usar as palavras a meu favor, mas não espere muito mais que isso, porque por enquanto eu só aprendi a cair no abismo.


Com a coragem que a distância dá

Em outro tempo em outro lugar

Fica mais fácil.


 
Coração Blindado - Engenheiros








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