segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Eu não tenho pressa,

o meu tempo é todo seu ♪

Quebra-cabeça, Engenheiros.




Tem tempos que eu ando remoendo a ideia de escrever um texto sobre despedidas.
Porque de uns tempos pra cá eu tenho dito mais tchaus do que ois.
Até logo, até breve, até amanhã, até, até, até.
Até as crianças aprendem a dar tchau cedo demais, puxe na sua memória, quantas crianças de menores de dois anos já sabem dar tchau? Aprendem a falar mamãe, papai e mais meia duzia de palavras, dentre elas tchau.
Eu quero dizer oi, prazer, olá, eu quero as apresentações não as despedidas.
Eu quero o começo.
Eu quero o frio na barriga, o primeiro sorriso, o primeiro aperto de mãos, as primeiras sensações, os primeiros arrepios.
Eu quero o começo.
Eu quero olhar de canto, a primeira mensagem, a primeira bebida, eu quero a sensação de pisar no desconhecido.
Eu quero o começo.
Eu quero o primeiro suspiro, quero o nervosismo que só as primeiras vezes trazem.
Eu quero o começo.
Porque o fim é sempre igual.



Eu queria ter perdido a aposta,
ter perdido.
Me perder.